Mãos experientes bordam flores do cerrado

Na semana em que foi comemorado o Dia do Idoso recebemos a ilustre visita da dona Nilce de Alencar, 71 anos, acompanhada da filha Roberta e do genro Gilson em um longo passeio de carro pelo litoral nordestino. A viagem foi um presente em comemoração ao seu aniversário, 25 de setembro.

Dona Nilce é nordestina. Nasceu em Pernambuco, mas foi criada em Juazeiro do Norte, no Ceará. Há mais de 20 anos ela mora no Distrito Federal e lá fez a diferença na cultura nacional. É uma das fundadoras da Associação das Bordadeiras de Taguatinga, DF, criada em 2002, também denominada Flor do Ipê. Com o apoio do Sebrae e a supervisão dos designers Antônia Dumont e Renato Imbroisi, as 21 mulheres do grupo resgataram técnicas tradicionais de bordado e pontos variados como rococó, nó francês, escama de peixe, ponto corrente e areia. “É o bordado da vovó”, esclareceu Nilce, que hoje é capacitadora da Associação. Ao todo são 96 tipos de pontos, mas é possível aprender cerca de 30 deles no curso, dependendo do aproveitamento da aluna. “É raro, mas tem gente que aprende tudo em até 3 dias”, diz mostrando um dos trabalhos (foto abaixo) que resgata no bordado uma tradição popular e secular.

O grupo é especializado em bordar flores do cerrado e pássaros. Os produtos encontram-se à venda na associação e na Etno Brasil, em Brasília. Em São Paulo podem ser encontrados em diversas lojas como a Cor do Sol, a Daslu, a Balaio Brasil, a Associação Mundaréu e a Ofício e Arte e também em várias lojas do Rio de Janeiro.

Associação das Bordadeiras de Taguatinga Flor do Ipê
QSA 4 Lote 38 Sala 101 – Taguatinga/DF

Fone: 61 3563 3710