Sim, a provocação faz parte da exposição Nuancier na capela do Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM. Esta é a terceira parte de uma trilogia (formada por Les Rescapés e Dormir) do artista plástico, cenógrafo e designer francês Pierre David, que trata da mesma questão colocada nas mostras anteriores: o que determina a escolha de um modelo?
Assim, o critério de escolha dos modelos baseou-se na cor da pele. “Porque eu penso que tanto a França quanto o Brasil são sociedades multiraciais, onde a cor da pele é um importante divisor social”, explica o artista.
No projeto, as peles de quarenta modelos foram fotografadas e reunidas em um clássico catálogo de cores. Um fabricante de tintas determinou industrialmente as fórmulas químicas de cada cor de pele.
A exposição Nuancier é composta também pela série Ícones, que aborda o tema da morte com crânios trepanados (trepanação é o processo de realizar furos no crânio com objetivo medicinal), e também por gravuras de catástrofes de amplitude global, a exemplo do 11 de setembro e da bomba de Hiroshima.
Nuancier fica em cartaz até o dia 31 de maio, entrada gratuita.
Para os interessados em conhecer o artista, será realizada uma conversa aberta com Pierre David no dia 66 de maio, às 17h, na Capela do MAM.