A literatura de cordel, seja pela poética ou pela arte da xilogravura, constitui uma forte expressão da arte e cultura brasileira. Além disso, teve até função jornalística.
Para se ter uma idéia, quando Getúlio Vargas morreu, em1954, um dos poetas de cordel mal ouviu a notícia pelo rádio começou a escrever “A lamentável morte de Getúlio Vargas”. Entregou os originais ao meio dia e à tarde recebeu os primeiros exemplares. Vendeu 70 mil em 48 horas. Assuntos como desastres, inundações, seca, cangaceiros e reviravoltas políticas alimentaram o caráter jornalístico dessa produção, que até hoje chega a centenas de títulos por ano.
Segundo a Câmara Brasileira, o primeiro cordel brasileiro foi publicado na Paraíba por Leandro Gomes de Barros, em 1893 (veja na relação abaixo, alguns de seus folhetos). As primeiras tipografias se encontravam no Recife, e logo surgiram outras na Paraíba, na capital e em Guarabira. João Melquíades da Silva, de Bananeiras, é um dos primeiros poetas populares a publicar na tipografia Popular Editor, em João Pessoa.
Francisco Firmino de Paula
História do Boi Leitão ou o Vaqueiro que não mentia
Gonçalo Ferreira da Silva
Antonio Silvino, a Justiça acima da Lei
Izaias Gomes de Assis
As ignorâncias de Seu Lunga
As velhas ignorâncias de Seu Lunga
João Ferreira de Lima
Proezas de João Grilo
João Melquíades Ferreira da Silva
Combate de José Colatino com o Carranca do Piauí
Pavão Misterioso (há polêmica sobre autoria)
João Melquíades Ferreira ou José Camelo de Melo?
Leandro Gomes de Barros
O Cachorro dos Mortos
Juvenal e o Dragão
A Vida e o Testamento de Cancão de Fogo
O Casamento e Divórcio da Lagartixa
As 4 Órfãs de Portugal ou O Valor da Honestidade
Uma viagem ao Céu ou O infortúnio da Sogra
A Donzela Teodora
Histórias da Princesa da Pedra Fina
Rouxinol do Rinaré
As Bravuras de Donnar: o Matador de Dragões
Varneci Santos do Nascimento
O Cangaço Sustentado pelos Coronéis
Olá, ficou muito boa essa sua divulgação dos cordeis publicados pela Chico Editora, parabéns pela iniciativa.