
Jeans da Lenzing Fibers feito com fibra celulósica, já chamado Eco Denim. Sustentável porque exige menor área de cultivo da fibra, menos água na rega e no tingimento da peça.
Frans Prins, um dos organizadores da The Key, a primeira feira de comportamento e consumo sustentável no mundo, realizada na Alemanha, em junho, apontou alguns desafios para a criação da moda sustentável:
Algodão orgânico – É preciso estar atento para toda a cadeia produtiva. “Não adianta o algodão ser orgânico e ter sido produzido com trabalho infantil”, disse. O algodão de cultura orgânica é uma evolução, principalmente se olharmos para as mortes causadas pelos pesticidas na índia.
Peles – A pele animal, para Prins, é incoerente com a moda sustentável. Ele abomina o uso de peles, mesmos as chamadas ‘friendly fur’ ou peles recicladas. A indústria da pele está tentando se reposicionar como natural, mas para ele “um revólver reciclado continua sendo um revólver.”
Reciclagem – Ele defende que a filosofia ‘cradle to cradle’, que prega a produção consciente, analisando a reutilização de um produto mesmo antes de sua produção já que nem toda reciclagem é sustentável (pode, por exemplo, causar ainda mais gasto de água no processo).
Produção de massa – Todo negócio deveria se tornar sustentável. Há soluções e inovações interessantes como a filosofia “cradle to cradle”, ou fábricas movidas a energia solar que apontam alguns caminhos. Alguns analistas dizem que esse será o futuro dos negócios.
A feira The Key reuniu marcas, empresas e estilistas comprometidos com a moda verde e com um estilo de vida sustentável a fim de lançar conceitos inovadores e tendências. Entre os produtos apresentados estavam roupas feitas com materiais reciclados e peças criadas a partir de produtos alternativos, como partes do tronco de palmeiras.