Acabamos de garimpar uma nova fonte de informações sobre Artes Visuais. Trata-se do blog Pitadinhas, da jornalista e curadora Daniela Name. Em um dos seus últimos posts, ela faz um balanço do que foi “bola fora” nas Artes Visuais em 2009. Entre os destaques, o incêndio da obra de Hélio Oiticica no ano passado, que lamentamos também por aqui.
A blogueira analisa ainda o fim das embalagens dos snacks Piraquê, com programação visual criada por Lygia Pape (falecida em 2004), como crime do ano. Aponta como desorganizada a exposição de Chagall e enfatiza a ausência de mediação e trabalhos essenciais para compreender a obra do artista. Para a Daniela, outra exposição que deixou a desejar foi aquela sobre Matisse, na Pinacoteca, em São Paulo, que apresentou um acervo razoável, porém confuso.
O auge das “bolas fora” do ano é ainda mais polêmico, trata-se do direito de uso de imagem que herdeiros têm que inviabilizam alguns catálogos. A jornalista aponta como exemplo o que ocorreu com a individual sobre Volpi, em junho de 2009, no Instituto Moreira Salles do Rio. Como valor pedido pelo advogado da família era exorbitante, não houve catálogo da exposição. Ela pondera: “a proteção à fortuna visual e à biografia de um artista, seu patrimônio imaterial, é mais do que válida (…) Mas precisa haver uma tabela real e viável. E o direito de imagem não pode virar arma para manipulação ou censura”.