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Arrasta-pé com rasteira ecochic de algodão

As rasteiras da coleção de Romero Sousa, da Z-AZ são lindas e superconfortáveis.

As tiras são de algodão colorido da Paraíba certificado pelo Embrapa (já nasce com a cor, sem aditivos ou corantes). A palmilha é de tecido 100% algodão e a impressão em serigrafia com detalhe de xilogravura de cordel é feita com tinta à base de água. O solado de PVC reciclado. Numeração do 34 ao 39.

Veja outros modelos na loja virtual Babel das Artes.

*Ecologicamente e socialmente justo: A marca Z-AZ faz parte do grupo Natural Cotton Color. A cooperativa de moda que baseia toda a sua produção no algodão da Paraíba — especial e único porque já nasce colorido, sem uso de corantes ou aditivos (certificado pelo Embrapa). O plantio e a colheita são organizadas por cooperativas no sertão da Paraíba e ajudam a manter os pequenos agricultores no campo. As rendas produzidas com linha branca, são tingidas com corantes naturais obtidos da casca de caju e de cebola e fazem composição harmoniosa com o algodão de tom rubi. A produção envolve 400 rendeiras organizadas em cinco associações no Cariri Paraibano.

Exposição reúne 280 cordéis de José Costa Leite

Estação cabo branco foto

Estação Ciência, em João Pessoa, PB. O mural de José Costa Leite. Foto: Onacir/Flickr

Em janeiro, o cordelista paraibano José Costa Leite, 80 anos, está expondo na lojinha da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, em João Pessoa, PB. O artista popular é natural de Sapé e mora atualmente em Condado, zona da mata de Pernambuco.

O lugar é ideal para a exposição do artista, já que é de sua autoria o painel (ampliado pintado pelos artistas plásticos Wilson Figueiredo e Percy Fragoso) na parte externa do  auditório —  fotografado por Onacir.

As xilogravuras de José Costa Leite ilustram inúmeros folhetos – seus e de outros poetas – e ganham status de obra de arte a partir dos anos 1960, quando passam a ser publicadas em álbuns e expostas em museus, no Brasil e no exterior.

Em 2005, José Costa Leite é o convidado especial de uma exposição realizada no Musée du Dessin et de l’Estampe Originale de Gravelines (França), onde realizou oficinas de xilogravura.

A xilogravura e o cordel instigam reflexão e debate no Cariri

Xilogravura sobre azulejo de José Lourenço

Xilogravura sobre azulejo (José Lourenço) 15 x 15 cm = R$ 20 ESGOTADO

A xilogravura é a gravura feita com uma matriz de madeira. Juazeiro do Norte/CE é o berço da xilogravura do Brasil e se tornou centro de reflexões e pesquisas sobre a a técnica — uma das mais significativas manifestações artísticas vinculadas a arte popular.

Na cidade há artistas relevantes, com destaque para a figura de João Pereira da Silva, um dos mais representativos xilógrafos e de José Lourenço, um dos contemporâneos que marcam época e contribuiem para a solidez do ofício. O trabalho do Sesc Cordel também fomenta a arte da xilo e do cordel e os poetas locais aderiram ao movimento da Academia dos Cordelistas Malditos.
 Esta efervecência levou a cidade a realizar este mês o seminário “100 anos da xilogravura ilustrando o cordel” evento cordenado por Geová Sobreira, professor da Universidade de Brasília (UnB).

Debates, encontros e palestras tinham como objetivo expandir o cordel, conhecido como ´veículo de comunicação dos sertanejos´, e dar uma nova dimensão para a xilogravura dentro das artes plásticas. A valorização da xilo como arte só veio após os anos 60, com de Robert Morel na Sorbonne (França). No estudo ganharam espaço Mestre Noza, com a Via Sacra e do artista plástico Sérvulo Esmeraldo. Em 1972, A Quadema, de Ariano Suassuna recebia xilos, assim como em “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, filme do diretor Glauber Rocha.

Entre as conferências, palestras como “Padre Cícero: Cordel e Xilogravura”, com o professor doutor da UFC, Gilmar de Carvalho; “A Xilogravura na literatura popular”, com a presidência do secretário de Cultura do Estado, Francisco Auto Filho; e, ainda, palestra do sociólogo e estudioso da cultura popular, Eduardo Diatahy.

Fonte: Nordeste Web e Diário do Nordeste

Veja também:

Clássicos da literatura de cordel

Do berço da xilogravura, a arte de José Lourenço

As xilogravuras de José Altino

Cordel e xilogravura encantam casal de São Paulo

omar+marinamadureiraDe férias na Paraíba, Omar e Marina estavam em busca de artesanato diferenciado. Na Babel das Artes os paulistanos elogiaram a diversidade das peças da loja, em especial das camisetas de algodão colorido ilustradas com desenhos do mestre paraibano de xilogravura José Altino. Não resistiram e levaram uma. Bela escolha. Omar também quis a Gramática Portuguesa, escrito em cordel pelo paraibanao Janduhi Dantas. O livro didático fez Osmar se lembrar do educador Paulo Freire.

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Aqui tem clássicos da Literatura de Cordel

A literatura de cordel, seja pela poética ou pela arte da xilogravura, constitui uma forte expressão da arte e cultura brasileira. Além disso, teve até função jornalística.

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Para se ter uma idéia, quando Getúlio Vargas morreu, em1954, um dos poetas de cordel mal ouviu a notícia pelo rádio começou a escrever “A lamentável morte de Getúlio Vargas”. Entregou os originais ao meio dia e à tarde recebeu os primeiros exemplares. Vendeu 70 mil em 48 horas. Assuntos como desastres, inundações, seca, cangaceiros e reviravoltas políticas alimentaram o caráter jornalístico dessa produção, que até hoje chega a centenas de títulos por ano.

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Segundo a Câmara Brasileira, o primeiro cordel brasileiro foi publicado na Paraíba por Leandro Gomes de Barros, em 1893 (veja na relação abaixo, alguns de seus folhetos). As primeiras tipografias se encontravam no Recife, e logo surgiram outras na Paraíba, na capital e em Guarabira. João Melquíades da Silva, de Bananeiras, é um dos primeiros poetas populares a publicar na tipografia Popular Editor, em João Pessoa.

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Francisco Firmino de Paula
História do Boi Leitão ou o Vaqueiro que não mentia

Gonçalo Ferreira da Silva
Antonio Silvino, a Justiça acima da Lei

Izaias Gomes de Assis
As ignorâncias de Seu Lunga
As velhas ignorâncias de Seu Lunga

João Ferreira de Lima
Proezas de João Grilo

João Melquíades Ferreira da Silva
Combate de José Colatino com o Carranca do Piauí

Pavão Misterioso (há polêmica sobre autoria)
João Melquíades Ferreira ou José Camelo de Melo?

Leandro Gomes de Barros
O Cachorro dos Mortos
Juvenal e o Dragão
A Vida e o Testamento de Cancão de Fogo
O Casamento e Divórcio da Lagartixa
As 4 Órfãs de Portugal ou O Valor da Honestidade
Uma viagem ao Céu ou O infortúnio da Sogra
A Donzela Teodora
Histórias da Princesa da Pedra Fina

Rouxinol do Rinaré
As Bravuras de Donnar: o Matador de Dragões

Varneci Santos do Nascimento
O Cangaço Sustentado pelos Coronéis

Do berço da xilogravura, a arte de José Lourenço

A grande Juazeiro do Norte/CE, é mais conhecida pela movimentação turística dos devotos do Padre Cícero, mas é o ilustre berço da xilogravura nordestina.

As primeiras manifestações da arte na cidade são consequência da vinda do entalhador italiano Agostinho Balmes Odísio para esculpir as portas da igreja matriz da cidade. Assim, uma geração de artesãos se entusiasmou e se formou na arte de esculpir portas, guarda-roupas e santos para atender a demanda dos romeiros. Com a arte dos santeiros e tipografias improvisadas Agostini ensinou também o entalhe de matrizes de madeira para a impressão de títulos para o jornal do Padre Cícero e de rótulos de produtos fabricados pela indústria no vale do Cariri. Mas a fase áurea da Xilogravura veio mesmo nos anos 40 e 50 com a propagação do Cordel.

jose-lourenco-xilogravura2O consumo da literatura de cordel era tanto que chegou a 24 mil exemplares impressos por dia. “A Morte de Getúlio”, de Francisco Minelvino da Silva, chegou a vender 200 mil exemplares em uma semana. Os folhetos eram distribuídos para todo o Brasil, direto de Juazeiro. Esse contexto marcou o auge da xilo até que, nos anos 60, caiu em desuso. A indústria cultural e seus mocinhos e vilões de novelas v’ao ocupando o imaginário do povo.

A arte sobrevive como a arte de resistência. José Lourenço, entre outros, figuram como xilógrafos que marcam época e contribuem para a solidez de uma atividade morta e ressuscitada. Ele reclama para si a criação da impressão da xilogravura sobre azulejos. Ele compartilhou os segredos da técnica através de oficinas como convidado em eventos sobre Cordel e Xilogravura. Todo mundo aprendeu, mas ninguém tem o mesmo capricho que ele, que faz capas de papel craft com reprodução das mesmas imagens impressas na cerâmica (foto acima).

Azulejo 15 x 15: R$ 20 + frete

Azulejo Lampiao e Maria Bonita (15 x 15): R$ 20 + frete ESGOTADO

Azulejo São Jorge (15 x 15): R$ 20 + frete

Azulejo São Jorge (15 x 15): R$ 20 + frete ESGOTADO

Além dos azulejos, outras obras de José Lourenço estão disponíveis na Babel das Artes. Temos a série limitada — “A História do Lambe-Lambe”, que pode se tornar rara, já que o artista vendeu a matriz para um estrangeiro.

Fonte: 100 anos de xilogravura e Diário do Nordeste.

CD de Literatura de Cordel diverte a família

familiadamascenoEles vieram de Brasília e pararam por aqui graças ao sr. Damasceno, que é colecionar e  tem centenas livretos de Literatura de Cordel e ficou interessado na série de de Vicente Campos Filho expostos na loja.

Ele pegou um livreto e começou a ler em voz alta para a filha e o namorado dela, ambos deficientes visuais. Todos se divertiram com a estória do “Seu Lunga” um cabra muito mal-humorado. Mas o sr. Damasceno ficou encantado mesmo quando sugerimos para ele levar de presente para a filha o CD com 9 estórias declamadas pelo autor com fundo musical. Sem hesitar, ele agradeceu a dica e comprou o CD.

Ainda não contamos, mas logo a gente vai tentar inserir no acervo da loja o trabalho de um cordelista que faz os textos em braile. Aguardem.

Cordel e acessórios de escama de peixe na bagagem

renatoedianaRenato e Diana moram em Rio Branco, no Acre, e adoram viajar. Vieram conhecer João Pessoa e se encantaram.

Renato parou na frente da Babel das Artes pra dar um tempo, esperando a esposa, “perdida” em alguma loja. Viu os livros de Cordel, gostou, e levou o cd, com 9 histórias contadas pelo autor, Vicente Campos Filho.

Daí, chegou Diana. E começou a diversão. Ela adorou o trabalho com escama de peixe da Flor do Mar. Levou bijoux, quadro com rosa, porta-guardanapo, cabideiro… e não parou aí. Arrematou também um colar e um par de brincos produzidos artesanalmente com vidro, da designer curitibana Beth. Mulher de bom gosto.

O cordelista Vicente Campos Filho nasceu em Patos/PB, também é jornalista e reside em João Pessoa há cinco anos. Produz livros de cordel e também narra as histórias em cd.

As peças em escama de peixe da Flor do Mar são da coleção da designer Cleide Cunha, produzidas artesanalmente por uma associação de mulheres em Recife/PE.

A gramática nos versos do cordel

O emprego dos porquês
Há quem ache complicado.
porque de todo jeito:
Porque junto, separado,
Com acento, sem acento,
porque pra todo agrado!

Em versos como esses, o professor de português Janduhi Dantas Nóbrega divulga a literatura de cordel e ensina a nossa gramática em escolas do sertão paraibano. O livro aborda a fonologia, a semântica, a morfologia e a sintaxe da língua portuguesa, seguindo toda a métrica e técnica dessa arte totalmente nordestina. A idéia de fazer um livro ensinando gramática através de versos surgiu da dificuldade de seu casal de filhos aprender a matéria pelo sistema tradicional.

Janduhi é de Patos/PB. Agente cultural e professor de Português, leciona atualmente em colégios e cursinhos pré-vestibulares nas cidades de Patos, Princesa Isabel, Pombal e Sousa, interior da Paraíba.

a-gramatica-no-cordel1Na Babel das Artes você encontra esse livro e outros títulos de histórias de cordel.

A Gramática no Cordel,
de Janduhi Dantas Nóbrega
Editora Sal da Terra, 6ª edição

Beto Brito e o cordel da Paraíba no Programa do Jô

beto-britoAcabamos de conhecer este artista genial na Rede Globo. Impressionante! E pensar que ele estava aqui do nosso lado, em João Pessoa, e a gente só foi conhecer ele agora, na TV…

Seu disco “Imbolê – cordel e som na caixa” é, de acordo com o seu release, “um caldeirão borbulhante  de todas as influências sonoras e literárias do nordeste brasileiro (…) Assim  caminha  o  Imbolê, entre guitarras distorcidas, violas e rabecas, zabumbas, cítaras e grooves eletrônicos, reverenciando a  alquimia das fusões entre o pop e o  regional, flertando  com  o rap-rock, sampleando com  as  baladas  e cirandas, na pancada irreverente do baião elétrico.”

O disco é produzido por  Robertinho  de  Recife, com  participação  especial  de Zé Ramalho e a poesia de  Zé Limeira.  Vem acompanhado de doze livretos autorais, recheados  de  martelos, ditados populares e emboladas, completando assim a obra.

Gostamos muito do que ouvimos. Confira vc mesmo em www.betobrito.com