
Há dois mil anos a.C. tecidos já eram estampados com a técnica do Batik com impressão de mensagens e usados como meio de comunicação. Daí vem a origem do nome: Batik ou Ambatik significa desenhar ou escrever. Só mais tarde a técnica passou a ser empregada para estampar tecidos de vestuário.
Na Indonésia, onde surgiu, o Batik era considerado arte nobre porque apenas as princesas e suas damas dispunham de tempo suficiente para trabalhar os tecidos (normalmente a seda) de forma tão detalhada e elaborada. É que nesta técnica o trabalho é intenso. Para cada cor aplicada o tecido é encerado, tingido, vaporizado e remove-se a cera a cada aplicação de cor. É uma técnica de vedamento, pois as partes cobertas com a cera não recebem tinta. Desenha-se com a cera sobre o tecido branco ou cru, que depois é tingido normalmente com a cor determinada. As linhas e ranhuras coloridas que vão surgindo no desenho são chamadas de “craquelê”, que é a maior característica desta técnica e que contribui para realçar o trabalho. No Catolé do Rocha, sertão da Paraíba, a técnica do Batik foi introduzida pelos americanos nos anos 60. Até hoje é fonte de renda de mulheres que, reunidas em uma associação, produzem diversos artigos, entre eles, as bolsas que você pode ver nas fotos e que estão disponíveis na Babel das Artes.


O Batik do Catolé do Rocha faz parte do acervo do Museu Casa — Museu do Objeto Brasileiro.
Bolsas: preço sob consulta.
babeldasartes@gmail.com