
Do cabo de vassoura ao palito de churrasco: nas mãos de Guariguazi tudo é "gente que estava aprisionada na madeira".

Sobras de madeira descartadas pela natureza também são aproveitadas. Nas suas peças, as pessoas sempre estão interagindo.
Guariguazi de Lima Tavares é muito querido por todos que o conhecem. Obcecado pelo trabalho, ele tem as mãos sempre calejadas e feridas pelo uso das facas para entalhar e esculpir as madeiras que encontra pelo caminho. Ele não pode ver um toquinho que fica ansioso “para libertar as pessoas que estão aprisionada ali dentro”, revela empolgado.
O talento e o universo de cores chamaram a atenção da curadoria da Fenneart (uma das maiores feiras de artesanato do país, realizada anualmente em Recife/PE). No ano passado, foi selecionado para disputar o prêmio de júri popular e teve lugar de honra no evento.

A Santa Ceia de Guariguazi
Aqui na Paraíba também tem reconhecimento. Sua escultura “A Santa Ceia” foi o ícone na programação visual do Salão de Artesanato Paraibano, realizada anualmente em Campina Grande e João Pessoa. Ela estampou convites, banners e camisetas usadas por todos os artesãos da Paraíba.
A pedido da Babel das Artes, Guariguazi fez alguns jogadores de futebol. Veja o resultado abaixo. É interessante notar a reinterpretação de logotipo, inclusive de patrocinadores. Questionado sobre o por quê de não usar referência, retrucou: “isso vem mesmo é da minha cabeça”. Coisas de artista.

Até o futebol inspira o artesanato de madeira de Guariguazi
Para conhecer mais peças do artista popular Guariguazi (algumas delas são enormes), entre em contato por e-mail: babeldasartes@gmail.com