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Atenção imprensa: PAC para cidades históricas é piada?

Em agosto de 2009 foi mencionado aqui o PAC das Cidades Históricas. Pois só agora, quase um ano depois, a verba será liberada, mas o investimento é baixo: pouco mais de R$ 1 milhão — para ser dividido por 30 cidades.
Só para se ter uma ideia do absurdo que é: a previsão de gastos na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 era de R$ 430 milhões (saltou para R$ 500 milhões).

No texto divulgado pela assessoria de imprensa: “O programa tem por objetivo a revitalização urbana, a melhoria da qualidade de vida e o fortalecimento da gestão dos municípios atendidos. Os acordos a serem assinados prevêem recursos totais da ordem de R$ 1,129 milhão, das esferas federal, estaduais e municipais, os quais serão aplicados em ações que vão ser implementadas nos próximos quatro anos (2010-2013).”

As cerimônias de assinatura do acordo de adesão foram em Belo Horizonte (MG) e a outra em Belém (PA). Nesta quinta-feira (01), a assinatura será com a prefeitura da cidade de São Luís, no Maranhão.

1º Concurso Cachaça de Minas premia 14 marcas

Minas Gerais é o maior produtor de cachaça de alambique do país. O estado tem aproximadamente nove mil alambiques, produzindo cerca de 260 milhões de litros da bebida/ano, aproximadamente 500 marcas  registradas – 280 delas atuantes no mercado. Minas exporta hoje menos de 1% de sua produção.

O 1º Concurso Cachaça de Minas premiou o desempenho de 14 marcas. Realizado pela Federação Nacional dos Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca), sob a coordenação da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), com o apoio do Governo de Minas, da Belotur e do Sebrae/MG. O concurso foi o primeiro no país a ser realizado estritamente em bases técnico-científicas. A premiação foi divida em três categorias “Nova/descansada”, “Armazenada/envelhecida” e “Premium”. As vencedoras receberam a medalha de mérito da qualidade com a qual poderão identificar as embalagens de seus produtos durante um ano, período de validade do concurso.

Confira as vencedoras:

Cachaça branca/Nova 1º Diva – Divinópolis, 2º Lucas Batista – Itabirito, 3º Monte Alvão – Itatiaiuçu, 4º Jacuba – Coronel Xavier Chaves, 5º Mandacaru – João Pinheiro

Cachaça envelhecida/Armazenada 1º Pirapora – Pirapora, 2º Branquinha de Minas – Claro dos Poções, 3º Engenho doce – Passa Quatro, 4º Prazer de Minas – Esmeraldas, 5º Bueno Brandão – Bueno Brandão

Cachaça Premium 1º Áurea Custódio – Ribeirão das Neves, 2º Topázio – Entre Rios de Minas, 3º Prazer de Minas- Esmeraldas, 4º Rainha das Gerais – Curvelo

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Chimarrão será tombado pelo Iphan como Patrimônio Nacional

chimarraoAté o final do ano, o projeto de pesquisa do “Chá da Amizade” deverá ser encaminhado para o Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan. A proposta é do Núcleo de Cultura de Venâncio Aires (Nucva), no interior do Rio Grande do Sul e tem a aprovação do Ministério da Cultura e o patrocínio da Petrobras.

Não existe previsão de conclusão da análise pela comissão do Iphan, pois o trabalho envolve enfoques antropológicos, biológicos, farmacológicos, históricos, entre outros aspectos. O projeto de pesquisa foi focado na reconstrução histórica acerca da importância da produção ervateira para o município de Venâncio Aires e para o Estado, os processos de beneficiamento da erva-mate e as formas variadas de confecção do chimarrão. Venâncio Aires/RS é conhecido como Capital Nacional do Chimarrão, com 4 mil hectares de erva-mate. Apesar de o fumo ser responsável por 70% da economia, a erva e o hábito do chimarrão são os principais destaques da cidade. A principal bebida dos gaúchos encontra na Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim) a sua maior divulgação.

O Instituto Escola do Chimarrão, de Venâncio Aires, divulga por todo o Estado que a bebida pode ser apresentada para o consumo em 36 modelos diferentes: Saúde (elaborado com chás), Toca de tatu, Copa, Furo alto, China pobre (cevado com pouca erva), Da praia (socado para não voar erva), Do carro (com capa para não virar), Repartido, Quadrado, Triângulo, Tapado, Ferradura, Invertido, Do prego, Meia-lua, Engrenagem, Estrela, Ninho, Apaixonado, Escavado, Vulcão, Roda de carreta (no qual a bomba faz o papel do eixo), Flor, Formigueiro, Primavera, Homenagem (traz a inscrição Fenachim), Mate amargo, Mate doce, Achego, Tradicional, De canhoto, Tradicional sem topete, Tererê (feito em cuia de taquara, madeira ou guampa), Poço, Ponte, Gaúcho macho (servido através da bomba). Além das 36 formas diferentes de cevar um mate, a entidade propaga a importância do hábito para a socialização das pessoas e para a saúde.

Dentre os bens já registrados como patrimônio imaterial do País destacam-se o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras, Modo de Fazer Viola de Concho, Feira de Caruaru, Frevo e Samba de Roda do Recôncavo Baiano. O registro de bens culturais foi instituído pelo decreto 3.551, de 4 agosto de 2000.

Informações do site Defender