Karla é de Palmas, no Tocantins. Ela vive no único estado em que nasce o Capim Dourado. Entrou na loja quando constatou que estávamos alertando as pessoas sobre os cortes irregulares e o furto do precioso vegetal.
O Capim Dourado só pode ser cortado de setembro a dezembro. Como ela mesma confirmou, ele corre o risco de extinção porque não há vigilância. Só mesmo a associação — de onde compramos — é controlada. Isso justifica porque os preços são mais altos. O custo é maior porque o objetivo é manter os trabalhadores no campo mesmo na entresafra. Só assim eles poderão se manter e preservar a espécie. É isso que chamamos de sustentabilidade, afinal, pra onde vai e do que vai viver este povo se o Capim Dourado acabar?
Tá dado o recado: se encontrar objetos de Capim Dourado muito barato, desconfie. Pode ser falsificado (sim, já existe o capim pirata) ou ser objeto de furto. Peça sempre o certificado da Associação.
Não é verdade, Karla?