
Xilogravura sobre azulejo (José Lourenço) 15 x 15 cm = R$ 20 ESGOTADO
A xilogravura é a gravura feita com uma matriz de madeira. Juazeiro do Norte/CE é o berço da xilogravura do Brasil e se tornou centro de reflexões e pesquisas sobre a a técnica — uma das mais significativas manifestações artísticas vinculadas a arte popular.
Na cidade há artistas relevantes, com destaque para a figura de João Pereira da Silva, um dos mais representativos xilógrafos e de José Lourenço, um dos contemporâneos que marcam época e contribuiem para a solidez do ofício. O trabalho do Sesc Cordel também fomenta a arte da xilo e do cordel e os poetas locais aderiram ao movimento da Academia dos Cordelistas Malditos.
Esta efervecência levou a cidade a realizar este mês o seminário “100 anos da xilogravura ilustrando o cordel” evento cordenado por Geová Sobreira, professor da Universidade de Brasília (UnB).
Debates, encontros e palestras tinham como objetivo expandir o cordel, conhecido como ´veículo de comunicação dos sertanejos´, e dar uma nova dimensão para a xilogravura dentro das artes plásticas. A valorização da xilo como arte só veio após os anos 60, com de Robert Morel na Sorbonne (França). No estudo ganharam espaço Mestre Noza, com a Via Sacra e do artista plástico Sérvulo Esmeraldo. Em 1972, A Quadema, de Ariano Suassuna recebia xilos, assim como em “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, filme do diretor Glauber Rocha.
Entre as conferências, palestras como “Padre Cícero: Cordel e Xilogravura”, com o professor doutor da UFC, Gilmar de Carvalho; “A Xilogravura na literatura popular”, com a presidência do secretário de Cultura do Estado, Francisco Auto Filho; e, ainda, palestra do sociólogo e estudioso da cultura popular, Eduardo Diatahy.
Fonte: Nordeste Web e Diário do Nordeste
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