Arquivo da tag: xilogravura

Museu propõe diálogo entre grafitti, mangá e xilogravura

Exposição “Xilomangá” com  xilogravuras  orientais  e  nordestinas e exposição  de cordéis,  mangás e com presença de  cosplays (pessoas fantasiadas de personagens) e, ainda, oficinas de xilogravuras e mangás.

O artista Derlon, inspirado no tema da exposição faz o painel do evento. As famílias podem chegar a partir das 13h, o evento acaba às 17h, no Museu do Homem do Nordeste (Av. Dezessete de Agosto, 2187, Casa Forte). Entrada franca. Mais informações: 3073.6340;

Exposição reúne 280 cordéis de José Costa Leite

Estação cabo branco foto

Estação Ciência, em João Pessoa, PB. O mural de José Costa Leite. Foto: Onacir/Flickr

Em janeiro, o cordelista paraibano José Costa Leite, 80 anos, está expondo na lojinha da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, em João Pessoa, PB. O artista popular é natural de Sapé e mora atualmente em Condado, zona da mata de Pernambuco.

O lugar é ideal para a exposição do artista, já que é de sua autoria o painel (ampliado pintado pelos artistas plásticos Wilson Figueiredo e Percy Fragoso) na parte externa do  auditório —  fotografado por Onacir.

As xilogravuras de José Costa Leite ilustram inúmeros folhetos – seus e de outros poetas – e ganham status de obra de arte a partir dos anos 1960, quando passam a ser publicadas em álbuns e expostas em museus, no Brasil e no exterior.

Em 2005, José Costa Leite é o convidado especial de uma exposição realizada no Musée du Dessin et de l’Estampe Originale de Gravelines (França), onde realizou oficinas de xilogravura.

Xilogravura pernambucana em exposição Centro Nacional do Folclore – RJ

J.L.Borges

Esta semana começa a exposição e venda de xilogravura produzida pelos Borges, da cidade de Bezerros, Pernambuco, conhecida por produzir em grande escala esta arte popular. Gerações da família vem se dedicando a este ofício, dando continuidade à arte dos mais velhos, com destaque para o patriarca, o gravador e poeta J.Borges, José Francisco Borges “Patrimônio Vivo de Pernambuco”, título conferido pelo governo do Estado, por sua relevância cultural.

A exposição tem apoio do Ministério da Cultura e do Iphan.

Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, de 5 de novembro a 6 de dezembro de 2009. Rua do Catete, 159, Rio de Janeiro, RJ

A xilogravura e o cordel instigam reflexão e debate no Cariri

Xilogravura sobre azulejo de José Lourenço

Xilogravura sobre azulejo (José Lourenço) 15 x 15 cm = R$ 20 ESGOTADO

A xilogravura é a gravura feita com uma matriz de madeira. Juazeiro do Norte/CE é o berço da xilogravura do Brasil e se tornou centro de reflexões e pesquisas sobre a a técnica — uma das mais significativas manifestações artísticas vinculadas a arte popular.

Na cidade há artistas relevantes, com destaque para a figura de João Pereira da Silva, um dos mais representativos xilógrafos e de José Lourenço, um dos contemporâneos que marcam época e contribuiem para a solidez do ofício. O trabalho do Sesc Cordel também fomenta a arte da xilo e do cordel e os poetas locais aderiram ao movimento da Academia dos Cordelistas Malditos.
 Esta efervecência levou a cidade a realizar este mês o seminário “100 anos da xilogravura ilustrando o cordel” evento cordenado por Geová Sobreira, professor da Universidade de Brasília (UnB).

Debates, encontros e palestras tinham como objetivo expandir o cordel, conhecido como ´veículo de comunicação dos sertanejos´, e dar uma nova dimensão para a xilogravura dentro das artes plásticas. A valorização da xilo como arte só veio após os anos 60, com de Robert Morel na Sorbonne (França). No estudo ganharam espaço Mestre Noza, com a Via Sacra e do artista plástico Sérvulo Esmeraldo. Em 1972, A Quadema, de Ariano Suassuna recebia xilos, assim como em “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, filme do diretor Glauber Rocha.

Entre as conferências, palestras como “Padre Cícero: Cordel e Xilogravura”, com o professor doutor da UFC, Gilmar de Carvalho; “A Xilogravura na literatura popular”, com a presidência do secretário de Cultura do Estado, Francisco Auto Filho; e, ainda, palestra do sociólogo e estudioso da cultura popular, Eduardo Diatahy.

Fonte: Nordeste Web e Diário do Nordeste

Veja também:

Clássicos da literatura de cordel

Do berço da xilogravura, a arte de José Lourenço

As xilogravuras de José Altino

Hoje é o Dia Mundial da Fotografia

Neste Dia Mundial da Fotografia, apresentamos a obra denominada “Lambe-Lambe”, série de xilogravuras do artista cearense José Lourenço.

São 15 cenas, impressas em 2008 e agrupadas em uma embalagem “De Luxo” onde o artista popular retrata o “passo-a-passo” do profissional quase extinto: o Lambe-Lambe — o guardião da memória e cronista visual da comunidade. As imagens abordam desde o cenário, a preparação para a foto como “penteando o cabelo” até a revelação e ampliação em monóculo ou papel. Tudo devidamente seriado e assinado pelo artista. Além do resgate da memória desta prática cultural, a série é limitada a tiragem de 100 kits. Arrematamos o final e temos apenas oito.

Clique para ampliar

Lambe-lambe embalagem "De Luxo"

São 15 cenas do cotidiano do Lambe-lambe

São 15 cenas do cotidiano do Lambe-lambe

Cenário para fotografia

Cenário para fotografia

Momento do clique e flash

Momento do clique com "explosão"

Revelação

Revelando e ampliando

Monóculo. É do seu tempo?

Monóculo. É do seu tempo?

As pessoas na sala de jantar

As pessoas na sala de jantar

José Lourenço revelou ter vendido as matrizes da xilo (em madeira) para um fotógrafo-turista-gringo que passou pelo Ceará. Apostamos que é um grande presente para quem é fã de fotografia. Pode ser considerado também um investimento já que o artista é referência brasileira na técnica de xilogravura.

Escreva pra nós! Envie seu CEP para cálculo do frete para babeldasartes@gmail.com

Visita de amigo na Babel das Artes

niltonNilton veio com o filho Pedro e a neta Julia para João Pessoa para visitar a gente e aproveitar as férias. Claro que também prestigiou a Babel das Artes. Em sua estadia escolheu presentes para os amigos em São Paulo. Levou peças da artista plástica Analice Uchôa, cerâmica com motivos rurais e rupestres de uma cooperativa do Rio Grande do Norte, azulejo com xilogravura do mestre José Lourenço e, ainda, uma bolsa artesanal. O que mais encantou Nilton foi  o  boneco de cabaça com durepox, da artista pernambucana Lucia Leite, inspirada nos mascarados do carnaval de Olinda. Arrematou na hora! Com certeza, sua mala voltou bem mais pesada…

Obrigado Nilton, Pedro e Júlia. Adoramos ter vocês por perto!

Cordel e xilogravura encantam casal de São Paulo

omar+marinamadureiraDe férias na Paraíba, Omar e Marina estavam em busca de artesanato diferenciado. Na Babel das Artes os paulistanos elogiaram a diversidade das peças da loja, em especial das camisetas de algodão colorido ilustradas com desenhos do mestre paraibano de xilogravura José Altino. Não resistiram e levaram uma. Bela escolha. Omar também quis a Gramática Portuguesa, escrito em cordel pelo paraibanao Janduhi Dantas. O livro didático fez Osmar se lembrar do educador Paulo Freire.

Vote em nosso BLOG! É só clicar no selo e confirmar por e-mail!


Chinelos com xilogravura de J. Borges

sandalia-xilogravura-jlborges

Com tantas atividades durante junho e julho, nossas antenas falharam. Só agora descobrimos que a Dupé lançou a coleção Arte Brasileira com réplicas de xilogravuras de J. Borges, patrimônio vivo de Pernambuco.

Agora a gente só pensa nisso: queremos alguns pares! Soubemos que a edição é “limitada”, então, começa agora a operação caça ao tesouro. Quem souber onde encontrar, por favor, grite!

Pra quem não sabe, a marca Havaianas também lançou uma “edição limitada” em homenagem ao  “Maior São João do Mundo, Campina Grande”.

chinelo-xilogravura

jborges-xilogravuraSOBRE JBORGES: Patrimônio Vivo de Pernambuco desde 2000, JBorges tem 73 anos. Ele é um dos artistas folclóricos mais celebrados da América Latina. Apenas em uma turnê ele percorreu 20 países europeus e foi tema de uma reportagem no jornal The New York Times e apontado como um gênio da arte popular.  Já teve um lote de xilogravuras de sua autoria arrematado por US$ 30 mil num leilão nos Estados Unidos. O dinheiro, no entanto, não foi para o bolso do artista. Ficou com um colecionador americano que garimpa exemplares raros de obras folclóricas.
Em sua cidade natal, Bezerros, no agreste pernambucano, há o Memorial J. Borges, com exposição de parte de sua obra e objetos pessoais.

Vote em nosso BLOG! É só clicar no selo e confirmar por e-mail!


Clientes de SP foram indicados por amigos

martha+luizfernandoO boca-a-boca da Babel das Artes está funcionando! Os paulistas Martha e Luiz Fernando vieram pela primeira vez à João Pessoa/PB e adoraram a tranquilidade e a beleza do lugar. Visitaram a Babel das Artes por indicação de amigos de São Paulo.

Levaram um trabalho do pernambucano Paulo Caldas e um naïf da pintora paraibana Analice Uchôa. Fã do americano Robert Crumb*, Luiz viu semelhança de seus traços com as xilogravuras do cearense José Lourenço. Martha também levou uma camiseta em algodão colorido com estampa criada por José Altino — uma exclusividade Babel das Artes.

* Robert Crumb é um festejado autor de histórias em quadrinhos underground, internacionalmente conhecido por ter feito, entre outros trabalhos, a capa do lendário álbum Cheap thrills, do Big Brother & The Holding Company, com Janis Joplin nos vocais. Atualmente, as obras do artista podem ser vistas penduradas em casas de milionários ao lado de Pablo Picasso, David Hockney ou polaróides de Andy Warhol.

Vote em nosso BLOG! É só clicar no selo e confirmar por e-mail!


Do berço da xilogravura, a arte de José Lourenço

A grande Juazeiro do Norte/CE, é mais conhecida pela movimentação turística dos devotos do Padre Cícero, mas é o ilustre berço da xilogravura nordestina.

As primeiras manifestações da arte na cidade são consequência da vinda do entalhador italiano Agostinho Balmes Odísio para esculpir as portas da igreja matriz da cidade. Assim, uma geração de artesãos se entusiasmou e se formou na arte de esculpir portas, guarda-roupas e santos para atender a demanda dos romeiros. Com a arte dos santeiros e tipografias improvisadas Agostini ensinou também o entalhe de matrizes de madeira para a impressão de títulos para o jornal do Padre Cícero e de rótulos de produtos fabricados pela indústria no vale do Cariri. Mas a fase áurea da Xilogravura veio mesmo nos anos 40 e 50 com a propagação do Cordel.

jose-lourenco-xilogravura2O consumo da literatura de cordel era tanto que chegou a 24 mil exemplares impressos por dia. “A Morte de Getúlio”, de Francisco Minelvino da Silva, chegou a vender 200 mil exemplares em uma semana. Os folhetos eram distribuídos para todo o Brasil, direto de Juazeiro. Esse contexto marcou o auge da xilo até que, nos anos 60, caiu em desuso. A indústria cultural e seus mocinhos e vilões de novelas v’ao ocupando o imaginário do povo.

A arte sobrevive como a arte de resistência. José Lourenço, entre outros, figuram como xilógrafos que marcam época e contribuem para a solidez de uma atividade morta e ressuscitada. Ele reclama para si a criação da impressão da xilogravura sobre azulejos. Ele compartilhou os segredos da técnica através de oficinas como convidado em eventos sobre Cordel e Xilogravura. Todo mundo aprendeu, mas ninguém tem o mesmo capricho que ele, que faz capas de papel craft com reprodução das mesmas imagens impressas na cerâmica (foto acima).

Azulejo 15 x 15: R$ 20 + frete

Azulejo Lampiao e Maria Bonita (15 x 15): R$ 20 + frete ESGOTADO

Azulejo São Jorge (15 x 15): R$ 20 + frete

Azulejo São Jorge (15 x 15): R$ 20 + frete ESGOTADO

Além dos azulejos, outras obras de José Lourenço estão disponíveis na Babel das Artes. Temos a série limitada — “A História do Lambe-Lambe”, que pode se tornar rara, já que o artista vendeu a matriz para um estrangeiro.

Fonte: 100 anos de xilogravura e Diário do Nordeste.